O Banco Medial informou que vai ampliar os métodos de pagamento com o Pix Automático. A previsão é que ele seja lançado em abril de 2024. O recurso é uma espécie de “débito automático”, que procura viabilizar pagamentos recorrentes automatizados, mediante autorização prévia do usuário pagador.
Na opinião do mentor do Parecer Federalista de Contabilidade, Adriano Marrocos, a novidade modalidade promete revolucionar as transações em diferentes modelos de negócios e ainda reduzir o nível de instabilidade da população, que portava numerário e vários cartões.
“Vamos eliminar um cartão, uma senha e o risco. Não fosse suficiente, iremos levar à população a necessidade de aprimorar conhecimentos na gestão financeira, pois o controle será mais efetivo e isso trará maior discussão no ambiente familiar, sobre despesas que podem ser reduzidas e facilitar a administração do orçamento”, avalia.
Em um levantamento recente, o Banco Medial mostrou que o Pix faz segmento cada vez mais da rotina dos brasileiros. Os dados revelam que foram realizadas 2,9 bilhões de transações Pix, só em 2022. O número representa um aumento de 107% em relação a 2021, quando o volume foi de 1,4 bilhão.
A jornalista Ana Karolline Rodrigues conta que não abre mão de realizar pagamentos com cartão de débito. “Eu prefiro pagar no débito justamente pra eu ter o controle dos meus gastos.”, revela.
De consonância com Frank Ned Santa Cruz, jurista e rabi em Gestão de Riscos e Lucidez Sintético da Universidade de Brasília (UnB), em menos de três anos de funcionamento o Pix conseguiu transformar a maneira porquê os brasileiros fazem pagamentos e transferências. “É um meio de pagamento inevitável dentro de uma sociedade global de dados de alta conectividade”, destaca.
Melhoria no serviço
Segundo a advogada perito em recta bancário e presidente da Percentagem de Recta Bancário da ABA-MT, Angélica Anai Angulo, através do Pix automático, a sociedade terá muito mais facilidade, democratização e entrada ampliado a pagamentos e transferências, facilitando muito mais todas as operações que envolvem pagamentos.
“O Pix Automático permitirá ao usuário programar o pagamento de diversos tipos de conta, como as de água, luz, internet e aluguel para que na data especificada a quantia devida seja debitada, bem como acontece hoje no débito automático”, explica
Na opinião da jornalista Ana Karolline Rodrigues, o pix Automático pode ser uma boa opção. “Como eu já tenho esse hábito de sempre pagar no débito, já tenho algumas contas, algumas assinaturas, por exemplo, que elas já vêm no débito automático. Então eu imagino que com o Pix automático possa ser positivo também nesse sentido de eu conseguir me planejar”, conta.
O mentor do Parecer Federalista de Contabilidade, Adriano Marrocos, acredita que o Pix Automático é um passo para a ensino financeira. “Nesse cenário de contas virtuais, pagamentos à vista online e offline, parcelamento e agendamento por PIX, redução significativa de cartões de débito e crédito, seria muito importante que as escolas incluíssem disciplinas ou atividades complementares com foco na educação para a gestão financeira”, ressalta.
Marrocos ainda destaca: “Para quem vende, a operação terá menor custo do que emissão de boletos e taxas pagas às administradoras de cartões. Será vantagem e trará melhoria para todos”, aponta.
O jurista e rabi em Gestão de Riscos e Lucidez Sintético da Universidade de Brasília (UnB), Frank Ned Santa Cruz, diz que o recurso vai facilitar a gestão financeira de pagamentos das pessoas. “Isso melhora a oferta de serviço e reduz em alguma medida a inadimplência. Então essa, entre outras, é uma melhoria do sistema”, salienta.
Atenção na hora de usar o Pix automático
Mesmo com todas as vantagens, os analistas dizem que as pessoas devem ter desvelo na hora de usar o Pix Automático. Frank Ned Santa Cruz, jurista e rabi em Gestão de Riscos e Lucidez Sintético da Universidade de Brasília (UnB), diz que todo tipo de operação no espaço do dedo requer não só mecanismos de segurança maior, mas também atenção por segmento do usuário.
“A maioria das fraudes ocorre em virtude do comportamento do usuário então, muitas vezes, o usuário acaba se iludindo com certas ofertas, acaba passando dados pessoais a terceiros, e dessa forma fica vulnerável à fraude”. O perito ainda dá algumas dicas:
“Tenha certeza de que o sistema operacional dele, seja um celular, um tablet ou um computador, esteja sempre atualizado com a última versão do fabricante. Isso ajuda a corrigir falhas de segurança. Mantenha um antivírus confiável instalado no seu dispositivo e evite fazer o download de aplicativos de fontes desconhecidas ou não confiáveis”, esclarece.
Em caso de golpe, Frank Ned orienta: “É importante notificar a instituição bancária, informar que foi feito o registro de ocorrência e o número desse registro, notificar a sua rede de relacionamento para que esses dados não tentem envolver a sua rede em golpes”, alerta.
Ele ainda reforça: “A população tem que ficar mais atenta e acompanhar muito proximamente o histórico de transação, para ver ali se realmente as transações que estão sendo realizadas são aquelas que foram autorizadas e se não há algo ali suspeito”, observa.
Pix Automático
O Banco Medial informa que o recurso vai estar disponível gratuitamente para a população. Ele poderá ser tarifado exclusivamente no recebimento pelas empresas. A medida está em negociação na agenda futura da instituição monetária.
Entre as facilidades apresentadas pelo Pix Automático está o off-line, que deve compreender o pagamento de pedágios e transporte público. As possibilidades de transações internacionais também estão em estudo, mas ainda não tem prazo para entrar em funcionamento.
Outrossim, o BC estima que a padronização de regras, de procedimentos operacionais e de fluxos informacionais e financeiros trará mais eficiência ao processo, simplificando a operacionalização e o controle de cobrança e reduzindo os custos para os recebedores.
De consonância com a instituição financeira, o recurso deve ser utilizado por empresas concessionárias de serviço público e por empresas que ofertem produtos ou serviços que demandem pagamentos recorrentes, porquê instituições de ensino, academias, clubes de assinatura (on-line e offline), serviços de streaming, planos de saúde, seguros, administradores de condomínios, clubes, portais de notícia, operações de crédito, entre outros.