Nos bastidores de quem comanda o volante nas estradas há sonhos, conquistas, desafios e histórias de vida diferenciadas. Há também coisas em comum, como o prazer de dirigir e ser reconhecido profissionalmente. Para tanto é preciso vontade, esforço, conhecimento e habilidade para se destacar na área e celebrar o próprio dia, o do Motorista, em 25 de julho.
Para o Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística do Estado de Minas Gerais (Setcemg), a data ressalta a importância e as contribuições desses profissionais para a economia e a sociedade. “Motoristas de cargas desempenham um papel crucial no transporte de mercadorias, garantindo que produtos cheguem a seus destinos. No entanto, essa profissão enfrenta uma série de desafios que exigem atenção e apoio contínuos”, diz o presidente da entidade, Antonio Luis da Silva Junior.
Segundo o executivo, ao longo dos anos, os motoristas de cargas têm conquistado melhorias significativas em suas condições de trabalho. Como exemplo ele cita a regulamentação da jornada de trabalho, a implementação de pausas obrigatórias e a promoção de práticas de segurança nas estradas. “São exemplos de avanços que buscam garantir a saúde e a segurança dos motoristas. Essas conquistas são resultado de um esforço conjunto entre sindicatos, empresas e órgãos governamentais para criar um ambiente de trabalho mais seguro e justo para eles”, ressalta.
Capacitação
Nesse contexto, o Setcemg promove iniciativas voltadas para o bem-estar e o desenvolvimento dos motoristas de cargas. Em parceria com o Serviço Social do Transporte e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SEST SENAT), a entidade oferece cursos de capacitação, que são essenciais para atualizar os motoristas sobre as melhores práticas de segurança, novas regulamentações e técnicas de direção defensiva. Há também campanhas de conscientização sobre a importância da saúde e do bem-estar dos motoristas, como palestras e blitzes educativas para que possam desempenhar melhor as suas funções.
E foi pelo caminho da dedicação e da busca constante pelo conhecimento que Emerson Abib Miranda – que trabalhou como motorista de carga de produtos siderúrgicos -, de 2000 a 2016, em vários lugares, deixou a estrada, se especializou em treinamento ao longo dos anos. Hoje, como líder, coordena um time de cerca de 220 motoristas e mais de 80 colaboradores das áreas administrativa e de manutenção de duas das unidades da empresa Steel Log, do ramo de transportes e logística, em Minas Gerais.
Em sua jornada, Miranda passou parte do tempo se dedicando aos estudos, com especialização em treinamento. Certificado em Master Driver (instrutor de motoristas) pela Scania, Volvo, Mercedes-Benz e Fundação Adolpho Bósio de Educação no Transporte (Fabet), participou de competições na área e foi premiado diversas vezes, inclusive foi reconhecido como “Motorista Padrão” pelo Departamento de Trânsito de Minas Gerais (DETRAN/MG) por duas vezes.
“Para ser bom motorista tem de ter ambição, conhecimento e vontade de melhorar sempre. Tem de se atualizar sobre as novas tecnologias e conhecer a fábrica dos veículos de perto, ver como nasce o caminhão,” diz. Ele acrescenta que, com essas iniciativas, as empresas só ganham, pois há menos quebra de veículos, menos consumo de diesel, mais segurança nas estradas, aumento da produtividade e satisfação do motorista.
Satisfação
Há quase 12 anos como motorista, Danielle Rodrigues, 35, se diz satisfeita com a profissão. Com uma filha de seis anos, ela consegue conciliar a vida pessoal com a carreira, por meio da ajuda de seus pais. Há um ano na Transpedrosa, ela roda por Minas Gerais para fazer a entrega de combustíveis. As viagens de caminhão são diárias e feitas de acordo com a programação da empresa. Além de Belo Horizonte e Região Metropolitana, como Contagem e Nova Lima, os principais destinos são: Congonhas, Oliveira, Esmeraldas e São João Del Rei.
Assim como Danielle, há outras profissionais que têm ganhado cada vez mais espaço no setor de transporte de cargas, segundo o presidente do Setcemg. “Elas vêm demonstrando competência e resiliência em uma profissão desafiadora. A inclusão feminina só enriquece o setor com diversidade”, finaliza.
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JOÃO MARCELO SOARES DE ALBUQUERQUE
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