A frenectomia, cirurgia que corrige a língua presa, é crescente no Brasil e passou a ser mais indicada devido aos estudos cada vez mais aprofundados que mostram os benefícios no desenvolvimento como um todo do bebê e em especial na parte da amamentação. Segundo especialistas, a condição conhecida como língua presa, diagnosticada em 18% das crianças, pode acarretar prejuízos sérios para o bom funcionamento da sucção, da mastigação e também no desenvolvimento da fala. A operação é realizada por meio de cirurgia, apesar de parecer simples, exige um profissional experiente e que entenda não apenas da técnica mas também de todos os critérios e protocolos necessários para seu sucesso; como por exemplo a necessidade de um atendimento multidisciplinar para garantir o sucesso do procedimento.
Segundo os dados do Ministério da Saúde, no Brasil, o número de cirurgias de frenectomia também aumentou significativamente. Em 2021, ocorreram 28.777 cirurgias, e em 2023, o número foi de 47.619, o que representa um crescimento de 65,47%. Cabe destacar que esses valores são apenas de procedimentos utilizando o Sistema Único de Saúde – SUS, e o número total pode ser significativamente maior, ao considerar as cirurgias realizadas na rede privada.
Ainda nos primeiros dias de vida, o “teste da linguinha” é realizado em muitos hospitais para identificar essa condição precocemente. Esse teste simples permite que os profissionais de saúde avaliem a necessidade de intervenção, garantindo que os bebês possam se desenvolver de maneira adequada desde o início.
A odontopediatra Ilana Marques, explica que a língua presa é quando se apresenta um frênulo lingual curto, que é o tecido que liga a língua à parte inferior da boca, o que limita os movimentos da língua. “Essa condição pode dificultar a amamentação do bebê, uma vez que ele não pode sugar o leite adequadamente, o que pode resultar em dificuldade da mãe em amamentar devido as dores provenientes de uma mamada inadequada que fere o mamilo da mãe devido ao freio curto e podendo levar a desnutrição, ganho de peso inadequado, tensões corporais no bebê, refluxo, engasgos, dentre muitas outras questões , afirma. “As mães muitas vezes descrevem a amamentação como uma experiência dolorosa e frustrante, já que o bebê precisa se esforçar muito mais para conseguir se alimentar. Isso pode gerar irritação no bebê e desconforto para ambos”, explica.
Para casos leves a moderados requer frenotomia, um dos tratamentos comuns que podem ser realizados no próprio consultório e é rápido, simples e minimamente invasivo. “Frenectomia a laser, entre outras formas de tratamento, é uma abordagem muito eficaz e sem sangramento que se tornou uma técnica popular, porque a recuperação para o bebê é menos desconfortável. Há significativamente menos dor para o bebê a seguir com a frenectomia a laser, e a melhoria imediata com a amamentação”, destacou a odontopediatra.
No entanto, a odontopediatra ressalta que a cirurgia, por si só, não é suficiente. “O apoio de um fonoaudiólogo e de especialistas em amamentação é essencial após o procedimento. A reabilitação oral fortalece os músculos da língua e ajuda o bebê a pegar o seio corretamente, garantindo que o processo de amamentação seja bem-sucedido”, conclui.
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SUENIA MICHELLE QUEIROZ DANTAS
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