O presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Luis Rubiales, renunciou ao missão. O dirigente é investigado pelo ósculo oferecido na atacante Jenni Hermoso, da seleção feminina do país, em Sydney, na Austrália, logo depois de a equipe ter conquistado a Despensa do Mundo. Ele alega que o ato foi consensual, o que é rebatido pela jogadora.
A saída de Rubiales – que, inicialmente, recusava-se a renunciar – foi confirmada pela entidade em enviado divulgado na noite de domingo (10). Segundo a nota, Rubiales também abriu mão da vice-presidência da União das Federações Europeias de Futebol (Uefa, na {sigla} em inglês). A RFEF convocará eleições para ocupação do missão, conforme o Cláusula 31.8 do regime da federação.
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Rubiales ainda pode responder criminalmente por agressão sexual. Se sentenciado, a pena varia de um a quatro anos de prisão. Na última terça-feira (5), Jenni Hermoso acionou a justiça espanhola. Três dias depois, a promotora Marta Durántez Gil também fez denúncia, apelando às autoridades australianas para esclarecerem se o caso seria considerado transgressão no país.
O incidente repercutiu em todo o mundo e desencadeou reações contra o sexismo. Na Espanha, coletivos feministas se mobilizaram exigindo a saída de Rubiales. Em enviado, 80 jogadoras espanholas – as campeãs do mundo entre elas – anunciaram que não voltariam a proteger a seleção do país enquanto o dirigente permanecesse no missão. Aliás, 11 integrantes da percentagem técnica que foi ao Mundial demitiram-se em protesto.
Antes de Rubiales, a primeira mudança no escopo do futebol feminino espanhol foi a deposição do técnico Jorge Vilda, que deu lugar a Montse Tomé, primeira mulher a guiar a seleção principal. Apesar do título mundial, Vilda não tinha bom relacionamento com algumas atletas da equipe, que chegaram a pedir a saída do treinador antes da Despensa, contestando, em peculiar, a gestão de grupo do profissional.