É só olhar para o horizonte para perceber a fase crítica. Em muitas regiões do país, uma nuvem densa de fumaça se espalhou pelo céu, trazendo alerta em várias áreas. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – Inpe, o número de focos de incêndio registrados nos primeiros oito meses do ano já está 75% acima do computado no mesmo período no ano passado, passando de 59.925 mil para 104.928!
Neste cenário, especialistas alertam para os cuidados com a saúde e uma área importante não pode ser esquecida: os olhos. A fumaça das queimadas contém uma combinação de poluentes, incluindo partículas finas, gases tóxicos e compostos químicos, que podem irritar os olhos e causar diversos problemas à superfície ocular. “Nesse período do ano, já temos a baixa umidade do ar que causa o olho seco. Com a intensidade das queimadas, a fumaça e as pequenas partículas que elas deixam no ar, podem piorar ainda mais os sintomas do olho seco e causar irritação ocular”, explica a médica da Oftalmologia Felício Rocho, Marina Carvalho.
A especialista faz um alerta que o monitoramento deve ser constante e não só por pessoas que moram perto de áreas que foram ou estão sendo queimadas. O vento que espalha os focos de incêndio, dissipa também a nuvem de fumaça para outras cidades e regiões, espalhando a fuligem e outras partículas. Segundo dados da IQAir, empresa que monitora a qualidade do ar, ele já é considerado insalubre em Minas Gerais, São Paulo, Amazonas, Acre, Rondônia, Pará, Tocantins, Goiás e Distrito Federal.
Nos olhos, os sintomas mais comuns incluem vermelhidão, prurido (coceira), ardência e edema (inchaço) conjuntival e palpebral. “Nesse período, é indicada a hidratação oral, o uso de colírios lubrificantes quando recomendados e evitar coçar os olhos. Se tiver contato ocular com fuligem, lavar os olhos com soro fisiológico em abundância e procurar o seu oftalmologista imediatamente”, alerta a oftalmologista.
Além disso, Marina explica que pessoas com condições oculares pré existentes, como alterações da superfície ocular, são especialmente vulneráveis aos efeitos das queimadas, portanto merecem uma atenção especial.
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SUELLEN DE OLIVEIRA SILVA
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