Com o tema “Se precisar, peça ajuda!”, a campanha Setembro Amarelo se dedica, ao longo do mês, à conscientização e prevenção ao suicídio, além da promoção da saúde mental.
Dados da Secretaria estadual de Saúde de São Paulo revelam um aumento de 43,21% nos procedimentos clínicos ambulatoriais relacionados à ansiedade e depressão em 2023, com 199.879 registros, em comparação aos 139.567 do ano anterior. Nos primeiros seis meses de 2024, já foram contabilizados 111.086 atendimentos.
Segundo o relatório Global Mind Project, o bem-estar mental global manteve-se estável em comparação com os índices de 2021 e 2022. A pesquisa, que envolveu cerca de 420 mil pessoas em 71 países e 13 idiomas, mostrou que 38% dos entrevistados se sentem “melhorando”, enquanto 27% estão “angustiados” e “se debatendo”. O Brasil está na última posição do ranking, com 34% de angustiados, sendo os jovens com menos de 35 anos os mais afetados.
“A pandemia de Covid-19 trouxe profundas transformações para a saúde mental da população brasileira, evidenciadas pelo aumento de transtornos como ansiedade e depressão”, afirma o psicólogo do Complexo Hospitalar Santa Casa de Bragança Paulista, Dr. André Luiz Cremonese.
Embora a depressão e a ansiedade compartilhem alguns sintomas, elas possuem características distintas. A depressão é frequentemente marcada por um humor persistente de tristeza, perda de interesse em atividades antes prazerosas, alterações no apetite e no sono, além de sentimentos de inutilidade ou culpa. A dificuldade de concentração e pensamentos sobre morte ou suicídio também são comuns. Em contraste, a ansiedade se caracteriza por preocupação excessiva e persistente sobre situações cotidianas, sensação de agitação, tensão muscular e sintomas físicos como palpitações e tremores, além de medos irracionais e dificuldade em relaxar. Reconhecer essas diferenças é essencial para buscar o tratamento adequado e eficaz para cada condição.
“O acompanhamento contínuo por um profissional é fundamental para enfrentar desafios e desenvolver estratégias para lidar com os sintomas. Além disso, introduzir hábitos saudáveis na rotina diária pode fortalecer o bem-estar mental e contribuir para uma recuperação mais eficaz”, ressalta o psicólogo.
Atenção permanente
O Complexo Hospitalar Santa Casa de Bragança Paulista dedica atenção ao tema não apenas em setembro, mas durante todo o ano. O hospital planeja atividades para combater o estigma e atender às necessidades individuais de forma abrangente, oferecendo palestras especializadas e campanhas online através das mídias e redes sociais. A abordagem integral do indivíduo visa promover uma mudança progressiva na percepção da sociedade sobre a importância de cuidar da saúde mental em todas as suas dimensões.
“Reconhecer os sinais e entender que não estamos sozinhos nessa jornada é o primeiro passo para encontrar suporte”, complementa Dr. Cremonese. “Falar sobre o que sentimos e buscar ajuda são ações que podem salvar vidas.”
Sobre o Complexo Hospitalar Santa Casa de Bragança Paulista
Fundada em 31 de agosto de 1874, o Complexo Hospitalar Santa Casa de Bragança Paulista é um hospital geral, filantrópico, de atendimento secundário e referência na baixa e médica complexidade. Atualmente, possui um quadro com aproximadamente 1.200 profissionais e 350 médicos. A unidade atende a população composta por 520 mil pessoas, que residem nos 11 municípios da região bragantina.
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VIVIANE SOARES BUCCI
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