Há muito fatores que podem levar ao desconforto nos pés, afinal, são eles os responsáveis em suportar o peso do corpo e pelo nosso deslocamento durante o andar. A musculatura intrínseca que compõem a sola dos pés é mantida pela fáscia plantar, tecido que sustenta o arco plantar do meio do pé, favorecendo uma melhor distribuição das forças de pressão recebidas pelos pés durante o caminhar. Quando o tecido da fáscia plantar é comprometido ocorre a inflamação na região do calcanhar ocasionando intensa dor e limitações para andar resultando na patologia chamada fascite plantar, que quando não tratada adequadamente, pode levar a formação do esporão de calcâneo.
Com o objetivo de entender melhor a fascite plantar e o esporão de calcâneo a pesquisadora do Mestrado em Ciências da Saúde, professora e Diretoria de Pesquisa e Internacionalização da Universidade Santo Amaro (UNISA), profa. Dra. Ana Paula Ribeiro, realizou vários estudos na área mostrando a importância do tipo de pé e a má distribuição do impacto de forças sobre a sola dos pés, durante o andar e atividades esportivas como a corrida, para desenvolvimento e progressão da fascite plantar e sintomas de dor nos pés (aguda e crônica). De acordo com a profa. Dra. Ana Paula entre os sintomas que podem levar à fascite está o formato do tipo de pé, ou seja, um pé do tipo cavo, que apresenta um arco plantar elevado, o impacto é maior na parte anterior e posterior; já o pé chato (plano), aquele que fica todo apoiado no chão, o movimento de saída provoca um estiramento na fáscia plantar. Assim, pra correção do tipo de pé (arco plantar), existem o tratamento com as palmilhas. Já para correção da pisada (apoio dos pés no chão) e a carga mecânica recebidas durante o andar, podem ser utilizados calçados adequados”, esclarece a pesquisadora.
Na atualidade do tratamento direcionado para fascite plantar e esporão de calcâneo, a profa. Dra. Ana Paula Ribeiro, em seu estudo de Pós-Doutorado, verificou o efeito clínico positivo da palmilha e do calçado minimalista (que tem um solado flexível e reto) para melhor distribuir as forças de impacto recebidas pelos pés durante o andar, reduzindo a dor e aumentando a funcionalidade dos pés de mulheres acometidas pela patologia.
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