O diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) pode trazer diversos desafios para as famílias, mas há estratégias baseadas em evidências científicas que proporcionam ferramentas práticas para enfrentar comportamentos desafiadores, melhorar a comunicação, fortalecer os laços de família e amizades.
A Adapte, startup de impacto social, promove o programa SuperABA com cursos e treinamentos para ajudar mães, pais, professores, cuidadores e profissionais da saúde a entender melhor o autismo. A capacitação é baseada na Análise Comportamental Aplicada (ABA), abordagem científica com mais evidência de eficácia para o tratamento no autismo, e ainda inclui iniciativas de apoio emocional aos responsáveis pelo cuidado desse público.
“O programa conta com um treinamento parental, em que familiares recebem suporte para a construção de uma relação saudável e participam de encontros que ensinam conceitos básicos sobre ABA, orientações sobre como fazer trocas produtivas com a equipe multidisciplinar, com a escola, como multiplicar esse conhecimento entre a rede de apoio e a comunidade que convive com o indivíduo autista, como vizinhos, prestadores de serviço, entre outros”, explica o CEO da Adapte, Emanuel Santana.
O SuperABA oferece escuta ativa e estratégias para analisar e lidar com comportamentos desafiadores dos filhos autistas e também para ensinar novas habilidades, sempre sob orientação de analistas do comportamento experientes e uma rede de familiares e profissionais da saúde e educação que enfrentam ou enfrentaram situações semelhantes, formando um espaço seguro para troca de conhecimentos e vivências com muito acolhimento e sem julgamentos. Essa dinâmica ajuda a reduzir a carga emocional e aumenta a sensação de pertencimento das pessoas que estão na posição do cuidar.
“Temos um grupo de apoio emocional para compartilhar experiências entre os participantes, obter suporte, aprender com outros membros e construir conexões significativas, enquanto enfrentam os desafios do autismo, promovendo a compreensão e o bem-estar de todos”, destaca Emanuel.
Gisele Fidelis Constance, 47 anos, moradora de Santa Catarina, ficou no programa por um ano e meio. Mãe de uma adolescente de 14 anos, autista nível 3 de suporte, ela destaca a necessidade da filha precisar de um acompanhamento constante e entender o seu protagonismo no tratamento foi o maior aprendizado do programa. “Durante os encontros do programa, nós vamos percebendo ser muito mais sobre a gente, são pais e mães trocando experiências e aprendizados sobre ferramentas para auxiliar na relação com seus filhos”, relata.
Jair de Jesus dos Santos, 47 anos, morador de São Paulo, avalia que ao participar do SuperABA o seu filho de 12 anos, autista nível 2 de suporte, evoluiu na fala com as técnicas e as dicas que ele acessou no grupo. “Eu aprendi os manejos adequados, os desafios são diários, mas eu consigo manter a calma na identificação de quando ele está nervoso e aplicar a previsibilidade na rotina dele. Isso está ajudando no desenvolvimento da autonomia do meu filho” compartilha.
Para Bruno Emygdio Santoni, 45 anos, morador do Rio de Janeiro, e pai de um adolescente de 13 anos, autista nível 2 de suporte, o principal desafio superado com o programa foi de aprender a entender o comportamento do seu filho e assim poder conduzir a situação. “Aprender a analisar e mensurar o comportamento do meu filho aplicando as estratégias no cotidiano melhora como vou lidar com as crises, pois tenho técnicas ótimas ensinadas no SuperABA com muita habilidade”, avalia.
Como funciona o programa
O programa SuperABA conta com sete encontros online ao vivo por mês e aulas gravadas, incluindo quatro supervisões em grupo por mês, conduzidas por analistas do comportamento. Os temas abordados nas reuniões incluem o manejo de comportamentos, comunicação, aquisição de habilidades, atividades cotidianas e inclusão escolar.
O programa inclui ainda uma reunião mensal com uma doutora ou doutor de referência em TEA e a participação de uma comunidade no WhatsApp para interação e suporte contínuo. Além do acesso a dois cursos exclusivos sobre a análise do comportamento e um curso intensivo de ABA aplicada ao autismo.
“Desde a sua criação, mais de 300 pessoas passaram pelo programa e tiveram resultados positivos. O desenvolvimento da criança autista melhora e o contexto familiar se transforma, quando os cuidadores compreendem que a sua participação ativa é decisiva no processo de desenvolvimento da pessoa autista, há um empoderamento e redução do estresse parental e o que ajuda a melhorar os níveis de ansiedade, depressão e aumenta a esperança das pessoas que cuidam”, finaliza o CEO da Adapte.
Mais informações e inscrições para participar do programa podem ser obtidas no site superaba.com.br.
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CIDIANA REGINA DE PELLEGRIN
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